quarta-feira, 4 de março de 2009

Curso On-Line: Reforma Ortográfica





Vale a pena uma Visita.

Acesse: http://www.camara.gov.br/internet/reformaortografica/navegacao.html

Site rede social


O site VooText é uma espécie de rede social formada por pessoas que gostam de ler, compartilhar os seus textos e opinar sobre o que os outros escrevem. Acessem: http://www.vootext.com ...

terça-feira, 3 de março de 2009

Blog de inclusao e Tecnologias assistivas

http://sf.puc.zip.net./

Um projeto de inclusão com arte.

Música no Silêncio

A presença da música na vida dos seres humanos constrói a sensibilidade e sua importância é incontestável. Ela tem acompanhado a História da humanidade, ao longo dos tempos, exercendo as mais diferentes funções. Está presente nos rituais indígenas, nas celebrações religiosas, nas comemorações festivas, nas manifestações culturais, nos sons da natureza. A música é universal e uma das mais importantes formas de comunicação. Ela desperta os sentimentos mais profundos do ser humano, aguçando os sentidos, marcando momentos, histórias, amizades, amores.

Socialmente, a música produz inclusão, diminui as diferenças e gera alegria. É feita para comunicar algo que vai além das palavras e também transforma e educa. É simples falar de música para quem ouve. Entretanto, há um grupo de pessoas que geralmente não consegue sentir essas emoções: os surdos. Todos sabem que o mundo dos deficientes auditivos é excluído da música. Certamente o silêncio tem inúmeras vantagens, e isto não é questionado, mas alguém parou para pensar em como transmitir a emoção dos sons no silêncio?

A resposta veio de um cantor cego. A emoção da música, todo o seu conteúdo e ensinamentos podem ser sentidos nos gestos. No caso dos surdos, isso acontece através da interpretação das canções em Libras (língua brasileira de sinais), que é a forma de expressão de grande parte da comunidade surda. Se os deficientes auditivos não conseguem apreciar as canções em sua forma completa, que compreende melodias, ritmo, intensidade, timbres, alturas e até silêncios; eles conseguem ver, sentir e se emocionar com uma música quando é interpretada em Libras. E, para que isso aconteça, a união de um músico deficiente visual com um intérprete de Libras torna-se um ato de inclusão e respeito à diversidade.

Com o objetivo de sensibilizar surdos e ouvintes é que a ONG Vez da Voz promove a arte e divulga os talentos das pessoas com deficiência. O projeto de ação social “Música no Silêncio” tem a missão de quebrar o preconceito e disseminar a prática de uma arte inclusiva, sem diferenças entre o mundo dos sons e do silêncio.

O projeto
O projeto “Música no Silêncio” consiste na gravação audiovisual de músicas nacionais com a presença de um cantor deficiente visual e de um intérprete de Libras. Após a autorização da gravadora e dos compositores das músicas selecionadas, o material gravado poderá ser reproduzido em palestras de sensibilização, escolas públicas e no site da ONG Vez da Voz. Este vídeo poderá ser assistido gratuitamente na internet, sendo possível seu download por surdos e por pessoas interessadas em aprender Libras e difundir a inclusão. Os artistas do projeto “Música no Silêncio” poderão participar de eventos, programas de TV e shows inclusivos.

Objetivo
- Criar meios artísticos de sensibilização, tanto de ouvintes quanto de surdos;
- Dar oportunidade para os surdos compreenderem a história e o conteúdo das canções;
- Divulgar a Libras;
- Praticar a arte inclusiva;
- Mostrar os talentos das pessoas com deficiência;
- Chamar a atenção da sociedade para que outros segmentos artísticos como o teatro e a televisão incluam os surdos e a Libras.

Autorização
Para tornar este projeto realidade a ONG Vez da Voz precisa da autorização de artistas e gravadoras para a produção legal destes materiais.

Canções selecionadas
1- É isso aí - Damien Rice, versão Ana Carolina;
2- Mãos – Ivan Lins;
3- Um Amor Puro – Djavan;
4- Esperando Aviões – Vander Lee;
5- O Caderno – Toquinho;
6- Hoje a noite não tem Luar – Legião Urbana;
7- Todo Azul do Mar - Ronaldo Bastos e Flávio Venturini;
8- Epitáfio - Sérgio Britto;
9- O Segundo Sol - Nando Reis

O cantor deficiente visual
Filho de pernambucanos, Gil de Lucena nasceu em São Paulo, em 1967. Aos dois anos, teve glaucoma e megalocórnea e aos quatro ficou completamente cego. Mas foi premiado com o dom da música e, aos 5 anos, decorava letras e cantava no ritmo do rádio. Estudou no Colégio Padre Chico, onde se destacou como solista do coral infantil. Na festa de comemoração dos 50 anos da escola, chegou a cantar para o governador e o então presidente da república.
Percebendo que o menino tinha talento, um vizinho o presenteou com um violão. Gil adorava as rodas de moleques que ficavam no chão, tocando na calçada perto de sua casa. Ali ele aprendeu o que era coleguismo e percebeu que poderia dividir algo com os outros. Então, foi necessário aprender só os três primeiros acordes do violão, e o restante o talento tratou de mostrar.
Gil nunca fez aulas de canto ou de violão. É autodidata e tira tudo “de ouvido”. Na adolescência, ouvia as músicas de João Gilberto, Caetano, Maria Bethânia, Djavan. Aprendeu a tocar Bossa Nova assim, de tanto ouvir. Aos 15 anos, foi estudar em uma escola regular, onde só ele tinha deficiência. Sentiu-se excluído e foi ficando para trás na retenção dos conteúdos. Até que um dia, seu professor de português, Roberto Vicente, propôs que os alunos falassem sobre o que gostavam de fazer. Gil foi convidado a tocar para a classe, e nunca mais parou. Todos os dias freqüentava uma loja de discos. Ficava lá antes e depois das aulas. Aos 17, já era músico profissional e cantava em bares e festas.
Em 2005, enquanto tocava em um supermercado, emocionou uma jovem, que resolveu ajudá-lo e o indicou para a ONG Vez da Voz. Com o grupo, passou a cantar em shoppings, eventos, palestras. Suas apresentações são acompanhadas por Fabiano Campos, intérprete de Libras. Juntos, formam uma dupla que emociona surdos e ouvintes.

Os intérpretes de Libras
Fabiano Campos
Nasceu em Minas Gerais (1982). Estudante de jornalismo, Fabiano trabalha nos eventos da ONG Vez da Voz como intérprete de Libras. Apresenta também o Telelibras, primeiro telejornal inclusivo da Internet, idealizado pela ONG Vez da Voz e veiculado no site www.vezdavoz.com.br Foi estagiário da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos de São Paulo (FENEIS-SP). Atualmente, trabalha como intérprete de alunos surdos em universidades.
Há oito anos, ele foi convidado por uma amiga para fazer o curso de intérprete. Mas sequer imaginava que essa viria a ser sua profissão. Fabiano sente que tem um dom especial para interpretar músicas e se identifica com o Gil.

Rafaella Sessenta
Nasceu em Jequié, Bahia (1983). Hoje é estudante de Pedagogia e intérprete certificada de Libras pelo Pró-Libras do Ministério da Educação. Já atuou na Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos de São Paulo (FENEIS-SP) e participou como intérprete da gravação de comerciais e vídeos institucionais. Adora música e deseja transmitir esta alegria aos surdos.

O surdo
Surdos no Brasil
Segundo o último censo demográfico realizado em 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no Brasil, 5,7 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência auditiva, o que corresponde a 3% da população. Desse total, 166 mil são incapazes de ouvir e apenas 15% entendem o Português.

A música e os surdos
Recentemente, pesquisadores Universidade de Washington descobriram que as pessoas com surdez sentem vibrações na região do cérebro que é responsável pela audição Isso ajuda a explicar como eles podem sentir a música e apreciar concertos e outros eventos musicais, explica Dr. Dean Shibata, professor de radiologia na Universidade de Washington e autor do estudo.
Apesar das barreiras e pouca divulgação, a ligação entre o surdo e a música é forte e antiga. Um exemplo inegável é o caso de Beethoven, que mesmo surdo compôs a Nona Sinfonia. O músico ficou totalmente impossibilitado de ouvir aos 46 anos e em sua completa surdez compôs 44 obras musicais. A surdez possibilitou que Beethoven se tornasse mais introspectivo, profundo, contemplativo e livre das convenções musicais.
Este fato nos faz refletir sobre as emoções que estão contidas no silêncio.

http://www.vezdavoz.com.br/

COMO CLASSIFICAR AS CRIANÇAS ESPECIAIS

REPORTAGEM

No seu artigo 4º, inciso III, a LDB diz que o dever do Estado, com a educação escolar pública, será efetivado mediante a garantia de atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. No § 1º, do artigo 58, da LDB, o legislador diz que haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. Aqui, revela a faceta mais médica do atendimento especializado, ao tratar os educandos com necessidades especiais como uma clientela. Clientela, como se sabe, refere-se ao doente, em relação ao médico habitual. Estaria aqui, também, a faceta neoliberal da LDB?

Mais recentemente, as manifestações do Conselho Nacional de Educação, no esforço de construir um arcabouço de diretrizes nacionais para a educação especial, assinalam, no Parecer CNE/CEB n.ºl7/2001, de 03 de julho de 2001 e a Resolução CNE/CEB n.º02, de 11 de setembro de 2001, que os sistemas de ensino devem matricular todos os educandos com necessidades educacionais especiais.

Uma pergunta, agora, advém: quem, no processo escolar, pode ser considerado um educando com necessidade educacional especial?"

A Resolução CNE/CEB n.º02, de 11 de setembro de 2001, assim se pronuncia sobre o assunto, no seu artigo 5º: Os educandos com dificuldades acentuadas de aprendizagem (inciso I). Esses educandos são aqueles que têm, no seio escolar, dificuldades específicas de aprendizagem, ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares.

As crianças com dislexia e dificuldades correlatas (dislalia, disgrafia e disortografia), por exemplo, estão no grupo daqueles educandos com dificuldades não vinculadas a uma causa orgânica específica, enquanto as crianças desnutridas e com dificuldades de assimilação cognitiva, por seu turno, estão enquadradas entre aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências.

Os educandos com dificuldades de comunicação e sinalização. Estas crianças, no entender dos conselheiros, são as diferenciadas dos demais alunos, o que demandaria a utilização de linguagens e códigos aplicáveis. As crianças cegas de nascença, por exemplo, se enquadrariam neste grupo.

Os educandos com facilidades de aprendizagem. Os conselheiros observam que há alunos, que, por sua acentuada facilidade de assimilação de informações e conhecimentos não podem ser excluídas da rede regular de ensino. Aqui, o valor da Resolução está em avaliar que são especiais aqueles que dominam rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes no meio escolar.

A inserção de educandos com necessidades educacionais especiais, no meio escolar, é uma forma de tornar a sociedade mais democrática. Da mesma forma, a transformação das instituições de ensino em espaço de inclusão social é tarefa de todos que operam com a alma e o corpo das crianças especiais.

Vicente Martins. Professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA), em Sobral, Ceará.

http://neteducacao.globo.com/site/

segunda-feira, 2 de março de 2009