domingo, 21 de dezembro de 2008

http://www.acessobrasil.org.br

As pessoas portadoras de deficiência visual podem navegar pela Internet, utilizando um programa de leitura de tela.
Estes programas vão passando por textos e imagens e sintetizando a fala humana. Basicamente, o programa lê para a pessoa o que está na tela.

http://www.acessobrasil.org.br

Rosangela Pinheiro
Categorias de Tecnologia Assistiva

A presente classificação faz parte das diretrizes gerais da ADA, porém não é definitiva e pode variar segundo alguns autores. O importante é destacar a importância que esta organização confere ao universo de recursos, que até aqui vinham sendo confundidos com equipamentos da área médica/hospitalar (estrito senso) bem como outros não reconhecidos como ajudas de vida diária. A importância desta classificação está no fato de organizar a utilização, prescrição, estudo e pesquisa destes materiais e serviços, além de oferecer ao mercado focos específicos de trabalho e especialização.

1

Auxílios para a vida diária


Materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais, manutenção da casa etc.

2

CAA (CSA)
Comunicação aumentativa (suplementar) e alternativa


Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações da mesma. São muito utilizadas as pranchas de comunicação com os símbolos PCS ou Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para este fim.

3

Recursos de acessibilidade ao computador


Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.), que permitem as pessoas com dEficiência a usarem o computador.

4

Sistemas de controle
de ambiente


Sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com limitações moto-locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores.

5

Projetos arquitetônicos para acessibilidade


Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com dEficiência.

6

Órteses e
próteses


Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais ou outros recurso ortopédicos (talas, apoios etc.). Inclui-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como lembretes instantâneos.

7

Adequação Postural


Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar visando o conforto e distribuição adequada da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos), bem como posicionadores e contentores que propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do suporte e posicionamento de tronco/cabeça/membros.

8

Auxílios
de mobilidade


Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, bases móveis, andadores, scooters de 3 rodas e qualquer outro veículo utilizado na melhoria da mobilidade pessoal.

9
Auxílios para cegos ou com visão sub-normal

Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações etc.

10

Auxílios para surdos ou com déficit auditivo


Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado — teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre outros.

11

Adaptações em veículos


Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo, elevadores para cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores usados no transporte pessoal.

Símbolos de Comunicação Pictórica • Picture Communication Symbols (PCS)
© 1981-2007 Mayer-Johnson, LLC. Todos os direitos reservados.



http://www.assistiva.com.br/

Rosangela Moreira

Projeto educativo para deficientes visuais via Web

O deficiente_visual.jpgSegundo o IBGE, existem no país 16,5 milhões de brasileiros com deficiência visual, ou seja, 9,76% da população. Para atender as necessidades especiais destas pessoas, foi criada a Lei Federal de Acessibilidade (Lei Nº 10.098), que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Porém, na prática, a grande maioria permanece excluída do acesso à educação pública fundamental devido à falta de professores especializados para atendê-los.

Em uma tentativa de solucionar este problema, uma equipe de pesquisadores da PUC-Rio criou um software de elaboração de conteúdos para cursos via internet – uma das formas de educação a distância – totalmente acessível para portadores de deficiência visual através do leitor de telas por aúdio DOS-VOX. O trabalho de pesquisa, apoiado pelo edital Rio Inovação II da FAPERJ, tem coordenação de Hugo Fuks. Professor associado do Departamento de Informática da universidade, ele assegura que a tecnologia é inédita no mundo. Intitulado “Tecnologias Assistivas para Deficientes Visuais”, o estudo começou a ser desenvolvido em março de 2006, fruto de uma parceria entre o Laboratório de Engenharia de Software (LES) do Departamento de Informática da PUC-Rio, a empresa EduWeb e o Instituto Benjamin Constant (IBC), centro de referência nacional em educação de portadores de deficiência visual, situado no bairro da Urca, na Zona Sul do Rio.

A empresa já comercializava um software para educação a distância (EAD) via internet, o AulaNet, concebido e desenvolvido no LES. Clientes como Rede Globo, Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Alpargatas, Caixa Econômica Federal, Proderj (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do RJ), já utilizaram os serviços da EduWeb, garantindo a entrada de recursos para manter esse ainda jovem empreendimento, nascido na incubadora de empresas da PUC-Rio.O IBC é a única instituição do país que possui um curso com especialização em deficiência visual para professores. O curso é presencial e seleciona em torno de 25 a 30 alunos do país inteiro, que ficam alojados na instituição durante o período de aulas.

O projeto de tornar o software AulaNet acessível aos cegos foi desenvolvido em três partes: uma equipe de funcionários da empresa EduWeb ficou encarregada de oferecer ao IBC cursos de web-design, design gráfico, design instrucional e tutores (espécie de professores responsáveis pela elaboração de conteúdo didático) on-line para capacitar os professores do instituto a criar conteúdos para o modo acessível. Já a concepção da nova versão do AulaNet foi toda feita no LES através de duas teses de doutorado e uma dissertação de mestrado do Departamento de Informática da PUC-Rio. "A execução do projeto e a adaptação do software às tecnologias assistivas foi feita pela EduWeb sob minha coordenação. Eles utilizavam o software 'Da Silva', que lê os códigos de computador e verifica se o site é acessível ou não. Para alcançarem o objetivo, além de vários testes, eles tiveram que refazer toda a arquitetura do AulaNet", esclarece o coordenador do projeto Tecnologias Assistivas para Deficientes Visuais, Hugo Fuks.

Fuks espera que até junho de 2008 o Ministério da Educação e Cultura (MEC) conceda a licença para que o Instituto Benjamin Constant (IBC) possa espalhar seu curso de especialização de professores on-line pelo país. Até o final de 2007, a versão acessível do AulaNet estará concorrendo a três importantes prêmios oferecidos por instituições nacionais: a Abedi (Associação Brasileira de Educação à Distância); Educare (Educação, Trabalho e Cidadania); e Riosoft (Companhia Brasileira de Serviços e Softwares Ltda.). Os cursos para capacitação dos professores do IBC devem estar concluídos até o fim do ano. Fonte: Site da Faperj.

Rosangela Moreira Pinheiro
http://sf.puc.zip.net/

COMO CLASSIFICAR AS CRIANÇAS ESPECIAIS

REPORTAGEM



No seu artigo 4º, inciso III, a LDB diz que o dever do Estado, com a educação escolar pública, será efetivado mediante a garantia de atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. No § 1º, do artigo 58, da LDB, o legislador diz que haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. Aqui, revela a faceta mais médica do atendimento especializado, ao tratar os educandos com necessidades especiais como uma clientela. Clientela, como se sabe, refere-se ao doente, em relação ao médico habitual. Estaria aqui, também, a faceta neoliberal da LDB?

Mais recentemente, as manifestações do Conselho Nacional de Educação, no esforço de construir um arcabouço de diretrizes nacionais para a educação especial, assinalam, no Parecer CNE/CEB n.ºl7/2001, de 03 de julho de 2001 e a Resolução CNE/CEB n.º02, de 11 de setembro de 2001, que os sistemas de ensino devem matricular todos os educandos com necessidades educacionais especiais.

Uma pergunta, agora, advém: quem, no processo escolar, pode ser considerado um educando com necessidade educacional especial?"

A Resolução CNE/CEB n.º02, de 11 de setembro de 2001, assim se pronuncia sobre o assunto, no seu artigo 5º: Os educandos com dificuldades acentuadas de aprendizagem (inciso I). Esses educandos são aqueles que têm, no seio escolar, dificuldades específicas de aprendizagem, ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares.

As crianças com dislexia e dificuldades correlatas (dislalia, disgrafia e disortografia), por exemplo, estão no grupo daqueles educandos com dificuldades não vinculadas a uma causa orgânica específica, enquanto as crianças desnutridas e com dificuldades de assimilação cognitiva, por seu turno, estão enquadradas entre aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências.

Os educandos com dificuldades de comunicação e sinalização. Estas crianças, no entender dos conselheiros, são as diferenciadas dos demais alunos, o que demandaria a utilização de linguagens e códigos aplicáveis. As crianças cegas de nascença, por exemplo, se enquadrariam neste grupo.

Os educandos com facilidades de aprendizagem. Os conselheiros observam que há alunos, que, por sua acentuada facilidade de assimilação de informações e conhecimentos não podem ser excluídas da rede regular de ensino. Aqui, o valor da Resolução está em avaliar que são especiais aqueles que dominam rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes no meio escolar.

A inserção de educandos com necessidades educacionais especiais, no meio escolar, é uma forma de tornar a sociedade mais democrática. Da mesma forma, a transformação das instituições de ensino em espaço de inclusão social é tarefa de todos que operam com a alma e o corpo das crianças especiais.

Vicente Martins. Professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA), em Sobral, Ceará.

http://neteducacao.globo.com/site/

Rosângela Moreira

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Educação Especial/Inclusão Social

Educação Especial é uma modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para alunos portadores de necessidades especiais.

A política da Educação Especial da SEE tem se pautado nos dispositivos legais e político-filosóficos que buscam garantir a igualdade de oportunidades e a valorização da diversidade no processo educativo através do acesso, permanência e participação dos alunos com necessidades educacionais especiais nas classes comuns das escolas regulares.

O atual modelo educacional tira o foco da deficiência e enfatiza o ensino e a escola, bem como as formas e condições de aprendizagem; em vez de procurar, no aluno, a origem de um problema, define-se pelo tipo de resposta educativa e de recursos e apoios que a escola deve proporcionar-lhe para que obtenha sucesso escolar.

Consciente do seu compromisso em assegurar um atendimento educacional de qualidade adequado às necessidades especiais dos alunos matriculados na rede estadual, a secretaria vem direcionando suas ações no sentido de contribuir para a transformação da escola regular em um espaço competente para trabalhar com este alunado, com destaque aos portadores de deficiência, em consonância com os pressupostos da educação inclusiva.

Na certeza de que a inclusão vem a ser um processo gradativo, visto que as escolas comuns estão se preparando para o atendimento especializado, alguns alunos poderão permanecer em classes e escolas especiais, mas outros deverão, desde já, ser encaminhados para escolas regulares e, quando necessário, recebendo apoio pedagógico complementar dos professores especializados.
Considerando que os professores da rede estadual não tiveram, em sua formação inicial, acesso a conhecimentos relativos às necessidades educacionais especiais dos alunos, a Secretaria - através da Coordenação de Educação Especial - vem dando ênfase à formação continuada de professores da rede regular, buscando capacitá-los no atendimento educacional a esse alunado, possibilitando o conhecimento de suas características, potencialidades e limitações como também a utilização de recursos e apoios pedagógicos adequados às suas condições de acesso à aprendizagem. Neste sentido foram oferecidos diversos cursos, totalizando aproximadamente 10.000 professores capacitados.

Já o Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) foi institucionalizado pelo Ministério da Educação (MEC) através da Secretaria de Educação Especial (SEESP) e é resultado de um trabalho conjunto entre a SEESP e as entidades filiadas à União Brasileira de Cegos (Associação Brasileira de Educadores de Deficientes Visuais, Instituto Benjamin Constant e Fundação Dorina Nowill para Cegos).

Constitui objetivo geral do projeto, garantir às pessoas cegas e às de baixa visão o acesso ao conteúdo programático desenvolvido na escola de ensino regular, bem como o acesso a literatura, à pesquisa e à cultura.

A rede estadual conta com dois Centros de Apoio ao Atendimento de Pessoas Deficientes Visuais (CAP), localizados nos municípios de São Gonçalo e de Itaperuna, responsáveis pela produção de material em Braille, em escrita ampliada e em alto relevo além de capacitação de professores do ensino regular. Visando ainda o atendimento aos alunos com deficiência visual, algumas Salas de Recursos contam com o programa sintetizador de voz, DOS VOX, com máquina de datilografia e com impressora em braille beneficiando aproximadamente 1000 alunos com deficiência visual.

Com vistas à inclusão do aluno surdo de 5ª a 8ª série e do ensino médio esta Secretaria iniciou em 2003 o projeto de Contratação de Intérpretes de LIBRAS / língua portuguesa. A rede estadual de ensino possui um total de 117 intérpretes de LIBRAS exercendo suas funções em 40 escolas da rede estadual.

Estima-se que mais de 1.000 alunos surdos sejam beneficiados com a mediação dos intérpretes na comunicação das pessoas ouvintes com este alunado garantindo-lhes o acesso ao conhecimento e conseqüente avanço na escolarização.

Através das ações desenvolvidas pelos Núcleos de Apoio Pedagógico Especializado (NAPES), estima-se que 1200 professores tenham sido capacitados para o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais.

http://www.educacao.rj.gov.br

Rosângela Pinheiro